O Prêmio Nobel de Economia 2024 foi dado ao trio de economista Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson. Os vencedores foram reconhecidos por seus estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade das nações.
No site do prêmio Nobel o trabalho deles foi descrito assim:
Os laureados deste ano em ciências econômicas – Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson – demonstraram a importância das instituições sociais para a prosperidade de um país. Sociedades com um estado de direito pobre e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudança para melhor. A pesquisa dos laureados nos ajuda a entender o porquê.
Parece estranho alguém ter que fazer um intenso estudo para mostrar isto, deveriam ter passado uma temporada no Brasil.
Nos meus anos trabalhando com Desenvolvimento Econômico, vi com muita clareza que o desenvolvimento será realizado pela iniciativa privada, mas o Poder Público tem que ir na frente pavimentando o caminho, dando segurança jurídica, desburocratizando, facilitando o acesso às oportunidades.
Municípios que fizeram este trabalho já colhem conquistas muito importantes. Poços de Caldas, no Sul de Minas, famosa pelo turismo e pelas águas termais, vive seu momento econômico mais dinâmico. Uma Administração Municipal focada em diversificar e modernizar a economia, reformulou processos tornando-os mais ágeis, montou uma equipe acessível a empreendedores e investidores. Atraiu investimentos, viu sua arrecadação melhorar e investiu em infraestrutura, criando um ciclo virtuoso.
Montes Claros, no norte de Minas, está se transformando numa dos mais importantes polos farmacêuticos do Brasil. Lá a empresa Novo Nordisk produz 15% da insulina consumida no mundo. Eurofarma, Laboratório Cristália e Hipolabor Farmacêutica Ltda também tem seus investimentos lá.
Não poderia deixar meu município de fora, Extrema no Sul de Minas, responsável por 25% do comércio eletrônico nacional, o 4º polo chocolateiro no Brasil, a 2ª maior importadora de Minas Gerais. Tudo isto numa cidade de 56 mil habitantes.
Todas adotaram uma Administração Municipal focada em diversificar e modernizar a economia, reformulando processos e desburocratizando, montaram equipes acessíveis a empreendedores e investidores. Atraíram investimentos, aumentaram sua arrecadação e investiram em infraestrutura, criando um ciclo virtuoso.
Junto com elas há um grande número de municípios seguindo o caminho do Desenvolvimento Econômico para mudar a vida das pessoas. Hoje, fazendo parte do time da Directpar Desenvolvimento Econômico me dedico a apoiar estas iniciativas, contribuindo com prefeitos e governadores na criação de ambientes mais empreendedores e atrativos aos investimentos.
Quem sabe, um dia, o Brasil ganhe o seu Prêmio Nobel por ter feito o dever de casa e mudado a vida de todos, né?
Adriano Carvalho é ex-Secretário de Desenvolvimento Econômico de Extrema (MG) e ex-Diretor de Atração de Investimentos na Invest Minas, é sócio e consultor da Directpar Desenvolvimento Econômico